São aos
magotes (estimam-se em 200.000),
os tugas que aqui trabalham de uma forma permanente.
Denominados Expatriados, clube a que pertence este vosso criado, é uma tribo que
fugiu ao colapso económico do país e procura uma oportunidade de carreira ou negócio nesta
terra, que oferece tantas.
Se por um
lado estão longe de tudo o que amam, por outro
encontram muitas semelhanças com os lugares que deixaram, desde já a língua e a história. Mas não só: aqui bebem Super Bock, Eugénio de Almeida tinto e café Delta, comem bacalhau, vêm a SIC
Notícias e gritam pelo Benfica (ou não...).
Como bons cidadãos do mundo, onde chegam, acampam, e em pouco tempo recriam o habitat à semelhança da "terrinha".
E fazem tertúlias, isso é que eles gostam, de festa, praia e copos! Agregam-se sempre nos mesmos locais, e passam a palavra uns aos outros onde se
come “muita bem”, onde a lagosta é barata ou onde há umas praias porreiras.
Vencem assim os momentos em que não estão ocupados a trabalhar, e como a oferta
é pouco diversificada, aproveitam os recursos naturais que este país tem, e são muitos. E adoptam expressões cá do sítio, como "Ya" ou "meu irmão".
Uma experiência fantástica: ver um derby lisboeta na Casa do Sporting de Luanda, por entre cachecóis verdes, encarnados e azuis (!), e apupos ao árbitro. Transportamo-nos imediatamente para o estádio, só faltam as sandes de coiratos. E se nos lembramos de pedir tal coisa... até nos trazem uma!
Emigração por emigração, antes aqui que no Bangladesh.
Next: letra "F"!
Uma experiência fantástica: ver um derby lisboeta na Casa do Sporting de Luanda, por entre cachecóis verdes, encarnados e azuis (!), e apupos ao árbitro. Transportamo-nos imediatamente para o estádio, só faltam as sandes de coiratos. E se nos lembramos de pedir tal coisa... até nos trazem uma!
Emigração por emigração, antes aqui que no Bangladesh.
Next: letra "F"!