Ele estava nervoso. O frango do Rui Patrício tinha-o posto de novo a piscar o olho esquerdo, que era o sinal de um ataque iminente de violência. O seu psiquiatra avisara-o disso.
Não aguentou. Dirigiu-se ao balneário onde entrou de rompante:
Sá Pinto: Ó palhaço! Hoje até um boi entrava na baliza!
Patrício (retirando um ovo do rabo): Ó sr. director, isso não são maneiras...
Sá Pinto: Quais maneiras, quais c...! Que cabeçada foi aquela?
(O guarda-redes começava já a tremer quando Liedson saltou em sua defesa).
Liedson: Qué qué isso, cara? Tu tá do lado do inimigo, é?
Sá Pinto: É, é, tu aí, caladinho! Olha que ainda não me esqueci daquela cena do Rio Ave em 2005! (Sá Pinto recorda-se do célebre jogo em que ambos se pegaram, e de repente começa a piscar de ambos os olhos).
Carlos Carvalhal: Vocês despachem-se, que eu tenho de ir para a conferência de imprensa!
Liedson: Mister, bem pode ir esperando, que o almofadinha aqui está dando uma de chef... TOC! O soco desferido no queixo junto à barbicha do Levezinho atirou-o contra a parede do fundo, ficando pendurado pela camisola num dos cabides do balneário. Anderson Polga tentou interpor-se entre os dois mas era tarde demais. O segundo soco atingira já o estômago do atleta que, pendurado, esperneava enquanto dizia: quando sair daqui, vou-te desfazer!
Carvalhal suspirou com enfado, enquanto pensava baixinho: Pronto. Lá vou chegar atrasado à merda da conferência...
QUOOOC! (anuiu o guarda-redes).
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