Passava eu a vista pelas notícias, à procura de inspiração. Primeiro foi o Dicionário do 1.º ciclo com palavrões - Portugal - DN. Depois dei com este: "Como queres morrer: com faca, machado ou pistola?" - Portugal - DN. Quando me preparava para desligar, encontrei o que procurava: PSP não pode danificar pavimento - Portugal - DN. Pensei: é mesmo este!
O momento de maior tensão sucedeu ao cair da noite, justamente quando a brigada de limpeza urbana da Câmara Municipal se preparava para lavar o chão com as mangueiras de alta pressão, o que fez recordar a todos a célebre chuveirada de Abril de 89, em pleno Cavaquismo.
O braço-de-ferro entre o Governo e os sindicatos prolongou-se até de madrugada, altura em que foram postos a circular rumores de que haveriam manifestantes que escreviam palavras de ordem no chão com giz escolar colorido.
Já esta manhã, o protesto foi cancelado após uma reunião entre o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e a Direcção Nacional da PSP, onde ficou acordado o pagamento das promoções exigidos e a divulgação da lista dos promovidos. Em contrapartida, a ASPP comprometeu-se a limpar tudo o que escrevera na véspera.
A praça ficou como nova.
Parece que o Governo Civil manifestou grande preocupação com a possível danificação do novo pavimento do Terreiro do Paço, onde foi feita a concentração dos agentes da PSP. A obra custou uma pipa de dinheiro, e foi inaugurada recentemente quando da visita do Papa.
Os polícias ponderaram fazer a manifestação à civil, dado que o mármore de lioz se ressente dos tacões das botas cardadas da farda, mas como assim poderiam confundir-se com a manifestação da FENPROF prevista para a mesma hora em frente à Casa dos Bicos, optaram antes por ir de pantufas, muito mais macias.
A 1ª Divisão do Comando da PSP foi destacada para vigiar discretamente os próprios colegas, mas na confusão do imenso aglomerado de gente, parecia não haver qualquer distinção entre "autoridade" e "manifestantes". Valeu a eficácia do superintendente Matos, que prontamente lançou a ordem pelos intercomunicadores: "olhem para os pés: quem tiver chinelos é da ASPP".
O braço-de-ferro entre o Governo e os sindicatos prolongou-se até de madrugada, altura em que foram postos a circular rumores de que haveriam manifestantes que escreviam palavras de ordem no chão com giz escolar colorido.
Já esta manhã, o protesto foi cancelado após uma reunião entre o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e a Direcção Nacional da PSP, onde ficou acordado o pagamento das promoções exigidos e a divulgação da lista dos promovidos. Em contrapartida, a ASPP comprometeu-se a limpar tudo o que escrevera na véspera.
A praça ficou como nova.
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