quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Machómetro

São notícias como esta (apesar de antiga) que nos dão alento a escrever aqui:


Portanto, se bem percebi, é assim: há uma espécie de comissão - a Junta - que determina o grau de homossexualidade de um indivíduo, com o objectivo de autorizar a anulação do seu matrimónio.

Imagino já o candidato, nervoso, perante a Junta constituída por um médico, um comediante de stand up e uma psicóloga jovem. O médico analisa a sua capacidade funcional, recorrendo a um dinamómetro (ver figura anexa). Para uma tensão superior a 3,6 Newton, o candidato é reprovado, com o grau 1 "Machão".


Se não o for, continua e passa ao comediante, o qual conta aquelas anedotas de gajos, que só se contam nas tascas do Cais do Sodré. Se o candidato se ri, salta logo fora: mostra que percebeu, e pior, gostou. Grau 2 "Regular, mas deve reforçar o seu entusiasmo".


Se se mantiver sisudo, há ainda esperança, e avança então a psicóloga. Preferencialmente, uma jovem atraente, que lhe faz um teste psicotécnico simples, interpelando-o da seguinte forma: "Olá fofo, tudo bem? Tens lume?" 


Para uma resposta do tipo "Desculpe, não fumo", aí sim, temos vencedor; o avaliado não captou devidamente a mensagem de sedução encerrada num maço de Marlboro Lights, ou então fugiu à tentação. É claramente um grau 3 "Flausino sem retrocesso" e terá direito à pretendida anulação.

Esta avaliação foi baseada em testes cientificamente comprovados pelo Massachussets Institute of Tecnology, nos EUA. Finalmente, falamos claro: não há lugar para "mariquinhas" ou afemeninados" na vida conjugal; ou se é ou não se é. É bom saber que os Canonistas estão atentos a estas questões da masculinidade. 

Se um dia me virem a comprar a biografia "José Castelo Branco - Toda a Verdade", peço-vos por favor: façam-me o teste. Mas aviso já: eu não fumo.

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