terça-feira, 18 de novembro de 2014

ABC da Valódia - B de Buracos


Buracos. Há-os aos montes, de todos os tamanhos e feitios. Costuma-se dizer aqui que em Portugal, um sóbrio conduz a direito e um ébrio em zigue-zague, e que em Angola é ao contrário. 

Há alguns, em certas ruas, onde cabe um automóvel. Estou sempre à espera de ver sair de lá de dentro um tipo a correr atrasado para o emprego.

Mas não é só na estrada, no passeio é igual. É impossível um peão fazer 50 metros sem saltitar de poça em poça; existem sempre, mesmo em tempo seco. (Este é, aliás, um mistério que ainda não desvendei: de onde vem toda aquela água que enche as poças, quando não chove??).

No enorme Bairro Popular, por exemplo, houve em tempos uma belíssima rede de alcatrão que foi literalmente arrancada, deixando à vista a terra batida e os belos dos buracos. Aparentemente, devido a um "biziness" pouco claro... mas adiante.

Há ainda os buracos das caixas de esgoto, cujas tampas foram roubadas (o ferro fundido é um negócio). Os "rodinhas" mais pequenos correm sérios riscos de se meter por ali adentro e acordar na China (ou nos antípodas daqui, que não sei bem onde são).

O mercado dos jipes, esse floresce. E o dos amortecedores, também. 

Então adeusinho, voltamos à fala na letra "C"...

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