Um destes dias vi um dos melhores filmes que passaram pela minha sala nos últimos tempos. Hereafter de seu nome.
Para começar, o realizador é um senhor chamado Clint Eastwood, que depois de passar 30 anos a fazer papéis de duro em filmes de 2ª categoria, como a série Dirty Harry e os Western Spaguetti de Sergio Leone, descobriu a luz e desatou a fazer obras-primas, nas quais era actor, produtor e realizador, como Unforgiven (1992), As Pontes de Madison County (1995), Million Dollar Baby (2004) ou Gran Torino (2008). Qual deles o melhor. Até chegar a este Hereafter (2010).
O filme conta 3 histórias distintas, unidas pela vivência de cada um dos personagens com o tema da morte. Marie quer entender o que sentiu nos minutos em que esteve clinicamente morta. Marcus procura o irmão gémeo, que perdeu abruptamente. George tem o "dom", a que chama "maldição", de comunicar com o além, e foge de uma vida que sabe que nunca será normal.
Sequências como a prova cega do curso de culinária de George e Melanie, ou a série de consultas de Marcus aos charlatões do sofrimento alheio, são momentos belíssimos. Salta-se da sonoridade do francês para o inglês, de San Francisco para Paris ou Londres, ao som de uma banda sonora onde entra uma composição do próprio Eastwood. A cereja no topo do bolo, a escolha do Concerto para piano nº 2 de Rachmaninov (uma das minhas peças favoritas) fazem deste um conjunto excelente.
Só me falta mesmo uma bebida a acompanhar o filme, mas depois olho para o lado e vejo que lá está o copo. Sendo assim, nada a dizer!
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