(Na sequência da notícia sobre a suposta saída de Mourinho do Real Madrid, o treinador veio já desmentir categoricamente, em carta divulgada no site do clube. Aproveitou igualmente para pedir desculpa aos adeptos pelo comportamento no recente jogo da Supertaça com o Barcelona, em que enfiou um dedo no olho do adjunto de Pep Guardiola. Chamamos a atenção para esta segunda parte da missiva, à qual o Capuchinho teve acesso privilegiado, e que transcrevemos de seguida.)
"Tudo começou no intervalo, em que Tito Vilanova e eu falávamos sobre os sugus. Eu disse-lhe que os de ananás eram amarelos, e ele insistia que eram azuis. Começámos ali a levantar a voz, e às tantas ele
deu-me uma pisadela que até vi estrelas. E estrelas é coisa que eu estou farto de ver. Aguentei-me à bronca, que ali estava muita gente.
Ao início da segunda parte, passei por ele, e como não sou gajo para me ficar, entornei-lhe metade da minha Coca-Cola no casaco, e disse-lhe 'amarelo!'. Discretamente, ninguém viu. Até porque tenho um contrato exclusivo com a Pepsi, e não posso beber Coca-Cola (mas gosto muito mais). O Vilanova, nada.
Só quando cheguei ao meu banco é que percebi: sentei-me em cima de um pionés (é assim que se escreve, pionés?). O filha da p*** tinha-me posto um pionés na cadeira de treinador! E de cabeça azul!
Aquilo para mim foi demais. Não pude chegar-me a ele durante a segunda parte, mas estava em pulgas! Ele, lá do lado dele, fazia-me gestos com a palma da mão em frente dos olhos, tipo 'Ganda ceguinho. É azul'. Fiquei louco.
E assim, quando acabou o jogo, espetei-lhe o dedo no olho, como toda a gente viu. E ainda lhe disse: 'Ceguinho é a tua prima, toma lá disto! Amarelo!".
Tudo acabou com o estalo que ele me deu, que me deixou a cara vermelha. E é tudo.
Tudo não, que a mim ninguém me goza. Para o próximo jogo com o Barça já tenho uma preparada. Ando a treinar um beliscão que, se correr bem, o deixa de cama por uma semana! Até fica azu... amarelo!"
(O Capuchinho não conseguiu apurar a verdade dos factos, mas a conferência de imprensa que "Mou" deu no final do encontro torna credível a sua versão.)
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